sábado, 1 de setembro de 2012

Vida por Vidas homenageado pelo MinistÉrio da SaÚde do Brasil

No Dia Internacional do Doador de Sangue Voluntário, comemorado neste 14 de junho, terça-feira, o projeto Vida por Vidas, dos jovens adventistas do sétimo dia, foi homenageado. O projeto, que começou no sul do Brasil em 2006, hoje alcança oito países sul-americanos. Durante solenidade realizada na Fundação Hemocentro de Brasília, o pastor Elbert Kuhn, assistente da presidência da sede sul-americana adventista, representou o projeto e recebeu um certificado de reconhecimento ao apoio do projeto para estímulo à doação de sangue no Brasil. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, elogiou as entidades homenageadas e ressaltou a importância de clubes de doadores, igrejas, grupos de esportistas, entre outros, que se empenham em doar e motivar outros à doação sistemática. Segundo Padilha, 3,5 milhões de bolsas de sangue são doadas anualmente no Brasil e a expectativa é aumentar esses números. “É bom que as pessoas aqui presentes saibam que estamos investindo nessa área. Houve um tempo, no passado, que o Governo pagava para as pessoas doarem”, lembrou. Depois dos discursos, ele e o coordenador geral de Sangue e Hemoderivados, Guilherme Genovez, arregaçaram as mangas e doaram sangue na prática. Uma assessora informou que foi a primeira vez que um ministro de saúde realmente doou sangue.

“O projeto Vida por Vidas é de extrema importância por contribuir no aumento do número de doadores voluntários de sangue saudáveis, com baixa transmissão de doenças. Além disso, o Ministério da Saúde apoia e reconhece ações de incentivo desenvolvidas por organizações, como é o caso do grupo da Igreja Adventista do Sétimo Dia, que evidencia a responsabilidade social do ato de doação voluntária de sangue”, afirma Genovez.



O projeto Vida por Vidas é
de extrema importância
por contribuir no aumento
do número de doadores
voluntários de sangue
saudáveis, com baixa
transmissão de doenças.
Além disso, o Ministério
da Saúde apoia e
reconhece ações de
incentivo desenvolvidas
por organizações, como é
o caso do grupo da Igreja
Adventista do Sétimo Dia,
que evidencia a
responsabilidade social
do ato de doação
voluntária de sangue.”


Guilherme Genovez


Novidades na Área Durante o evento, Padilha anunciou a expansão da produção do Teste NAT para todos os hemocentros do país. O teste de biologia molecular tem objetivo de reduzir a janela imunológica - intervalo de tempo entre a infecção e a detectação por exames da produção de anticorpos pelo corpo. O teste torna a utilização do sangue mais confiável e reduz, por exemplo, de 70 para 21 dias esse período de detecção, no caso de Hepatite C, e de 21 para 10 dias, do HIV. O teste está sendo implantado no país, desde maio do ano passado, nos serviços de hemoterapia coordenados pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco e Santa Catarina. Nos próximos meses devem ser inauguradas plataformas de produção na Fundação Hemocentro de Brasilia (DF), Hemominas (MG) e no Hemocamp (Campinas - SP). O Ministério da Saúde prevê um investimento de R$ 25 milhões para a realização dos testes e outros R$ 30 milhões já foram aplicados na implantação das plataformas.

Outra novidade anunciada pelo ministro Padilha foi na área de regulamentação. Foi publicada nesta terça-feira a Portaria 1.353 que estabelece o novo Regulamento Técnico de Procedimentos Hemoterápicos com novos critérios para a doação de sangue no Brasil. A partir de agora, jovens entre 16 e 17 anos, com autorização dos pais, e idosos com até 68 anos também poderão ser doadores.

Segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), para manter os estoques regulares, é preciso de 1,5% a 3% da população doem sangue regularmente. Entre os fatores que fazem os hemocentros precisar cada vez mais do insumo, há o aumento de 65,3% no número de transplantes realizados no país entre 2003 e 2010, que necessitam de transfusão

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